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A notícia se espalhou rápido. O som dos tambores que ecoara no Dia das Crianças não havia sido apenas um acaso: ele anunciava a chegada de algo que o Centro Comercial Alphaville não via há muito tempo. O circo.
Cartazes novos surgiram, mais coloridos e detalhados. Agora não eram apenas anúncios de festa: eram convites. Um grande espetáculo estava prestes a acontecer, e todos eram chamados a fazer parte dele.
Os quatro amigos vibravam de entusiasmo. O Curioso não se cansava de especular que tipos de números seriam apresentados.
— Será que vai ter trapezistas? E malabaristas com fogo? Ou aqueles mágicos que tiram coelhos de cartolas?
A Sonhadora imaginava cenários inteiros, com luzes dançando no céu e palhaços que transformavam cada passo em poesia. O Valente já planejava como se esgueirar para os bastidores e descobrir os segredos escondidos atrás das cortinas. E a Guardiã, ainda que encantada, mantinha os pés firmes no chão, lembrando-os de que todo espetáculo tem regras e mistérios também.
No meio daquela excitação, eles ouviram falar dele.
O Ilusionista.
Sua imagem estava nas primeiras peças de divulgação: um homem alto, de capa escura, cartola reluzente e um olhar que parecia atravessar a todos. No cartaz, segurava uma varinha que brilhava como se tivesse vida própria.
Na primeira apresentação pública, quando apareceu em meio à Praça das Hortênsias para cumprimentar a todos, sua presença foi arrebatadora. A voz era firme, o sorriso, encantador. As pessoas se reuniram ao redor, fascinadas. O Ilusionista falava de magia, de sonhos, de mundos que se abriam quando a imaginação era deixada à solta.
Os quatro amigos estavam na multidão.
— Ele é incrível! — exclamou a Sonhadora, completamente tomada pelo brilho da cena.
— Parece que tudo ao redor desaparece quando ele fala — completou o Curioso, hipnotizado.
Mas o Valente franziu a testa.
— Tem algo errado… vocês não sentiram?
A Guardiã olhou para ele, surpresa.
— Errado como?
O Valente apontou discretamente para o colar que pendia do pescoço do Ilusionista. O objeto parecia pulsar, como se respirasse. E, por um instante, quando a luz do sol refletiu em sua superfície, um arrepio percorreu sua espinha.
— Não sei explicar… mas não gostei daquilo. É como se escondesse alguma coisa.
Os amigos se entreolharam. Ninguém quis estragar a magia do momento, mas as palavras do Valente ecoaram como uma sombra sobre o entusiasmo coletivo.
O Ilusionista, por sua vez, estendeu os braços à multidão e declarou:
— Em breve, vocês conhecerão um espetáculo inesquecível. Guardem bem esta data: 23 e 24 de outubro. A partir das 18h30, aqui no Centro Comercial Alphaville, após esses dias, suas vidas nunca mais serão as mesmas.
A multidão vibrou em aplausos. Os quatro, no entanto, guardaram para si a dúvida que começava a nascer.
E assim, entre a promessa de maravilhas e a semente do mistério, todos sabiam que algo extraordinário estava prestes a acontecer, mas ninguém poderia prever o quanto aquelas noites mudariam o destino do circo e de todos que cruzassem seu caminho.
Presencial no dia 23 e 24 de outubro de 2025 durante o evento Halloween que acontece entre às 18h30h às 23h.
Você sabe o porquê o valente está incomodado? Será que o Circo estará perdido para sempre? Venha conferir e participe desta história.
Ato I – O Enigma do Ilusionista - Centro Comercial Alphaville