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O Centro Comercial Alphaville sempre foi mais do que vias e lojas.
Entre suas praças, calçadas e vitrines, havia uma pulsação própria, como se aquele espaço respirasse com a energia de milhares de passos que o atravessavam todos os dias. Era ali que famílias confraternizavam, amigos se encontravam, onde trabalhadores apressados se misturavam a vizinhos despreocupados, e onde, depois da escola, um grupo inseparável de amigos fazia daquele lugar o seu mundo secreto.
Eram quatro. Não tinham nomes fixos, mas cada um carregava uma essência que os outros reconheciam sem esforço.
Havia o Curioso, que nunca parava de fazer perguntas e vivia com os olhos brilhando diante de qualquer novidade.
A Sonhadora, capaz de ver poesia também nos reflexos do vidro das lojas, sempre imaginando histórias para tudo e todos.
O Valente, que transformava qualquer desafio em aventura e não aceitava ficar parado diante de um mistério.
E a Guardiã, que mantinha o grupo unido, lembrando-os de que até os passos mais simples precisavam de um certo cuidado.
Para eles, o Centro Comercial não era apenas um espaço de compras e serviços: era um território de descobertas.
Ali estavam os cursos de idiomas e de música que frequentavam, as cafeterias com cheiro de pão de queijo com café quentinho, as praças que ainda guardavam surpresas entre folhas e flores coloridas onde corriam sem medir o tempo.
Cada canto tinha uma lembrança, cada esquina parecia esconder uma promessa de algo novo.
Foi assim que, em outubro, os quatro começaram a ouvir sobre uma grande festa.
Cartazes coloridos surgiram, panfletos foram distribuídos, e até os painéis de LED ganharam novos brilhos: o Dia das Crianças seria celebrado na Praça das Hortênsias. A expectativa cresceu como um segredo que o bairro inteiro parecia compartilhar.
Chegado o dia, 11 de outubro, o espaço se transformou.
As barracas estavam decoradas com fitas vermelhas e douradas, as crianças corriam entre brinquedos infláveis, e um DJ embalava a tarde com músicas alegres. Oficinas criativas davam vida a desenhos, máscaras e cores que se espalhavam como pequenas obras de arte pelas mãos dos pequenos. O cheiro doce do algodão doce e da pipoca misturava-se ao vento, criando uma atmosfera que parecia saída de um sonho.
Os quatro amigos se perderam entre risadas, pintura facial e jogos improvisados, cada um vivendo intensamente aquele espetáculo. Era como se o Centro Comercial tivesse decidido, por algumas horas, se vestir de pura fantasia.
E foi no meio dessa alegria, quando o sol estava a pino no céu, que algo aconteceu.
Um som diferente começou a atravessar a multidão. Não era a batida do DJ, nem o riso das crianças, nem o estalo dos brinquedos infláveis.
Era algo antigo, familiar, um rufar de tambores que parecia vir de muito longe, mas que tocava o coração como uma lembrança de infância.
Os amigos se entreolharam.
O Curioso foi o primeiro a perceber.
- Vocês ouviram?
A Sonhadora apertou os olhos, tentando identificar.
O Valente já queria correr atrás da origem.
A Guardiã apenas respirou fundo, sentindo que algo maior estava para começar.
O som cresceu, ecoando entre os prédios e as praças, como um anúncio que ninguém sabia interpretar.
E, naquele instante, todos tiveram a certeza de que o grande espetáculo estava apenas começando.
Fim do Ato I
Presencial no dia 11 de outubro de 2025 durante o evento Dia Das Crianças que acontece entre às 12h às 16h.
Você já imagina o que está chegando? Venha conferir e participe desta história.
Ato I – O Início da Jornada - Centro Comercial Alphaville